É bom colecionar coisas – Wilian do Carmo C. de Souza

 

“É  bom colecionar  coisas, mas é melhor  caminhar. Porque caminhar  também é uma forma de colecionar  coisas: as coisas que a gente vê,  as coisas que a gente pensa. Esse processo  é facilitado pela renovação da paisagem, seja  ela rural ou urbana, e pelo próprio automatismo  do ato de caminhar”

 

É  extremamente  interessante a  imensidão de sensações  incríveis quando nos colocamos  dispostos a fugir da zona de conforto,  quando permitimos o contato, a troca de informações  com a natureza e com as pessoas que compõem um determinado  espaço. O “observar” ganha uma nova configuração, não antes como  um “olhar colonizador”: formado diante de um mundo caótico, atormentado  pelo fantasma da globalização perversa, o qual se torna extremamente robótico  ao longo das sensações e vivências. Desta vez, o olhar, a observação, o sentir,  tornam-se objetos de destaque dentro de um contexto baseado na troca mútua de experiências,  sejam elas concretas ou abstratas. Conhecer histórias, pessoas, provar novos sabores (aqui, me refiro  ao maravilhoso doce de banana de Adenilton), e acima de tudo, estabelecer vínculos com pessoas tão diferentes  das quais estou acostumado a conviver, foram algumas das milhares de sensações que permearam a minha participação  na ACCS.

Desta  forma, fui  inspirado a fotografar  os momentos singulares com  essas pessoas, cada caminhada,  cada sorriso, cada “cara feia”, por  estar sujando os pés, e ainda cada canção  compartilhada no barco, todo laço fraterno que  iria se formando… Para que no final, pudesse criar  uma teia de relações, as quais vão se desenvolvendo ao  longo da troca mútua de experiências.

Gostaria  de agradecer  aos alunos e professores  da Escola Municipal de Ilha  de Maré, pois sem eles, o meu  projeto nem sairia, bem como, tais  vivências não seriam possíveis.

 

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